Fora do relacionamento com Deus ninguém é capaz de produzir qualquer expressão agradável ao Pai, nada que possa ser chamado, verdadeiramente, louvor
Imagem de Candelario Gomez Lopez por Pixabay |
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23, 24)
Sei que o texto acima fala sobre adoração. Adorar é um termo muito abrangente, é mais que louvar, entretanto, quero particularizar e discorrer mais especificamente sobre o louvor, considerando-o como um ato, elemento, ou aspecto da adoração.
Pessoas que conversavam num grupo, elogiavam a participação de alguém durante um evento secular, diziam que “fulano louvou muito bonito”. Alguém, logo após seu “louvor”, teria perguntado se pertencia a alguma igreja evangélica. A resposta dada foi que não, e que jamais havia frequentado uma. Pelas informações, não tem um testemunho de conversão nem qualquer compromisso com o evangelho de Cristo.
“Louvar” está em moda, e incrédulos também louvam. Não entrando no mérito da qualidade, nem do conteúdo dos louvores atuais, as músicas gospel têm ótima aceitação, penetram fundo no emocional das pessoas e, muitas canções tornam-se populares, de modo que mesmo os que vivem alheios às questões religiosas as conhecem e até cantam. Aliás, louvar já não é mais coisa só de crente; há muita gente louvando por aí: louvam em casa, nas ruas, nos programas de TV, nos auditórios, nas festas, durante shows etc. Há até um certo cantor que certa feita avisou: “não sou evangélico, sou cantor gospel”. Agradeço pela sinceridade, mas pergunto: incrédulos louvam? Seus louvores chegam a Deus?
O salmista afirmou que “os mortos não louvam ao Senhor” (Salmos 115:17a). Os mortos são aqueles que não têm vida, sejam os ídolos, sejam os que os adoram, sejam os mortos vivos deste mundo, sejam os que já partiram sem um encontro com Cristo. Mortos não louvam, e toda pessoa sem o Salvador está morta em ofensas e pecados (Efésios 2:1). O perdido não pode louvar nem agora e nem depois da morte. O louvor dos incrédulos são palavras jogadas ao vento, sem qualquer utilidade, pois ninguém pode louvar com os lábios se não louvar primeiro com a vida.
Os verdadeiros adoradores adoram em espírito e em verdade, e não como a samaritana que adorava o que não conhecia (João 4:22,23). O mesmo princípio se aplica ao louvor, pois o louvor é parte da adoração. Louvor sem conhecimento, compromisso e vida com Deus pode ser qualquer coisa, menos louvor. Da mesma forma que a oração eficaz é aquela feita por um justo, é o louvor do redimido que chega aos céus. Fora da relação pessoal com Deus não há verdadeiro adorador, nem qualquer expressão agradável ao Pai. A samaritana tinha, talvez, vínculos com a religião de seus antepassados, porém não cultivava um relacionamento pessoal com o Pai Eterno.
Há muitos que se intitulam, ou são intitulados adoradores, há muita coisa chamada louvor, mas não se impressione, assim como “nem tudo que reluz é ouro”, nem todo aquele que diz “Senhor, Senhor” tem parte com Ele.
Mais que louvores, Deus busca vidas santas dispostas no altar; mais que adoração, Ele busca adoradores que adorem em espírito e em Verdade, porque nem tudo o que sai da boca sai do coração, e nem todo barulho que o homem produz são louvores que brotam de uma vida transformada. Pense nisso!
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