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terça-feira, 29 de abril de 2025

Falai a Verdade Cada um com o Seu Próximo

“Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.” (Efésios 4:25)

Casal
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Pr. Cleber Montes Moreira
 

O apóstolo Paulo, escrevendo aos efésios, conclama os crentes a viverem “de uma maneira digna da vocação” que receberam (v. 1). Essa vocação é marcada por uma transformação profunda: o abandono do velho homem, corrompido pelas concupiscências do engano (v. 22), e o revestimento do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e verdadeira santidade (v. 24). Viver de forma digna é viver como Cristo, nosso padrão de maturidade (v. 13).

Nesse contexto, Paulo nos ordena a deixar a mentira e a falar a verdade uns com os outros (v. 25). A verdade, no ensino de Paulo, não é apenas um valor ético; ela é reflexo do novo nascimento, da nova identidade em Cristo. O crente é alguém regenerado “pela palavra da verdade” (Tiago 1:18) e chamado a viver conforme essa verdade que está em Jesus (v. 21).

É digno de nota que, em Efésios 4:15, Paulo diz que devemos seguir “a verdade em amor”. No texto, a “verdade” vem antes do “amor”, pois é ela que dá fundamento ao amor verdadeiro. Sem verdade, o amor se torna mero sentimentalismo, frágil e suscetível a enganos. O amor cristão, portanto, é orientado e moldado pela verdade que procede de Cristo, a Verdade encarnada (João 14:6).

A prática da verdade deve permear todas as esferas da vida do crente — igreja, trabalho, amizades, negócios e, especialmente, o lar. A casa é o primeiro campo de prova da integridade cristã. Ali, a mentira destrói relações e mina a confiança. Um cônjuge que mente para o outro está sendo infiel. Um filho que mente aos pais desonra o quinto mandamento (Êxodo 20:12). Pais que mentem aos filhos deixam de instruí-los nos caminhos do Senhor, além de ensinarem com palavras aquilo que negam com atitudes. A verdade é pilar da confiança que, uma vez quebrado, abala — ou mesmo faz ruir — o relacionamento.

A mentira não é um erro inocente; ela é uma negação da nova vida em Cristo. Por outro lado, quem vive na verdade manifesta o caráter de Jesus. Como filhos da verdade, devemos produzir frutos condizentes com ela, pois “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:20).

A verdade, portanto, não é opcional. Ela é marca distintiva dos salvos e deve ser cultivada, principalmente no ambiente doméstico, onde o testemunho cristão começa. 

Aplicação: 

Examine sua vida e, especialmente, suas atitudes dentro de casa. Você tem vivido a verdade em suas palavras e condutas? Há mentiras, omissões ou meias-verdades em suas relações familiares? Pequenas mentiras podem parecer inofensivas, mas elas minam a confiança. Peça a Deus que o ajude a ser digno de confiança, que lhe dê coragem para viver como filho da verdade, refletindo Cristo em seu lar.
Se a confiança está abalada, comece hoje a trabalhar para que ela seja restaurada, falando a verdade em amor. 

Oração: 

Querido Pai Celestial, ajuda-me a viver de forma íntegra em todas as áreas da vida, especialmente em meu lar. Que minhas palavras e atitudes reflitam o caráter de Cristo. Livra-me da tentação de mentir e ensina-me a falar sempre a verdade em amor. Em nome de Jesus, amém.


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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Cuidando da Herança do Senhor: Um Chamado à Coragem e Responsabilidade

A Beleza que a Fé Enxerga

“E foi um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.” (Êxodo 2:1,2)
Moisés
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Pr. Cleber Montes Moreira
 

Embora, geralmente, os pais vejam beleza em seus filhos, Amrão e Joquebede, pais de Moisés, enxergaram nele algo além da aparência física. O escritor de Hebreus atribui o ato deles à fé, pois “pela fé Moisés, sendo nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei” (Hebreus 11:23). Provavelmente, a aparência robusta e agradável da criança foi, para eles, um sinal de que Deus o destinara a um grande propósito.

Um filho é sempre um presente valioso. A Bíblia afirma que “os filhos são herança do Senhor” (Salmos 127:3). A pergunta que devemos nos fazer é: como temos visto e cuidado dessa preciosa herança?

Historicamente, o povo de Deus sempre enxergou a vida com um olhar diferente. Muitas nações pagãs, em contraste, tratavam a matança de crianças e o aborto como práticas normais. Mais do que comuns, essas práticas eram, muitas vezes, parte de cultos aos ídolos. Um exemplo claro é o culto a Moloque, um deus cananeu ao qual crianças eram oferecidas em sacrifício. As imagens de Moloque geralmente retratavam uma figura oca de metal, com os braços estendidos, dentro da qual era aceso um fogo intenso. As crianças eram então colocadas nos braços incandescentes da estátua ou diretamente no interior aquecido, sendo queimadas vivas como oferta. Tambores e instrumentos eram tocados ruidosamente para abafar os gritos da criança durante o sacrifício. Deus advertiu severamente Israel para que jamais imitasse tal prática (cf. Levítico 18:21; Jeremias 32:35).

Tragicamente, entretanto, por influência de nações vizinhas, até mesmo Israel e Judá caíram nessa prática em períodos de apostasia. Reis como Acaz e Manassés ofereceram seus próprios filhos em sacrifício no Vale de Hinom, também chamado Tofete, próximo a Jerusalém (2 Reis 16:3; 2 Reis 21:6; Jeremias 7:31; Jeremias 19:4-6). Tais atos eram uma afronta direta a Deus.

Será que o culto a Moloque cessou? Ou será que ele persiste, apenas com novas roupagens? Não estaria a prática do aborto, sob a justificativa da “liberdade” ou da “autonomia do corpo” — o conhecido lema “meu corpo, minhas regras” —, sendo, na essência, uma forma de culto a Satanás? E quando uma criança é deixada em uma caçamba de lixo, em um matagal ou abandonada para morrer, não estaríamos diante de atos que, ainda que inconscientes, constituem verdadeira adoração aos demônios?

E quanto aos pais que, embora não tirem a vida de seus filhos, deixam de cuidar deles? Há aqueles que não lhes oferecem afeto, não se preocupam com a saúde deles, não lhes ensinam, não lhes disciplinam, não lhes dão exemplo, nem lhes falam sobre Deus. Agem com descuido e omissão, expondo seus filhos às armadilhas do mundo. Isso também não seria, de certo modo, uma oferenda ao diabo, ao negligenciar aquilo que têm de mais precioso?

Infelizmente, alguns pais não enxergam a beleza de seus filhos — não falo da aparência física, mas do valor intrínseco como joias confiadas por Deus. Embora não o expressem em palavras, suas ações e negligência revelam essa triste realidade. A quem esses pais estão servindo? Certamente que não a Deus.

Amrão e Joquebede, porém, escolheram um caminho diferente. Em um contexto de opressão, onde o decreto de Faraó ordenava a morte de bebês hebreus (Êxodo 1:16), eles decidiram proteger Moisés. Eles “não temeram o mandamento do rei” (Hebreus 11:23). Sua fé os levou a correr riscos, reconhecendo que a vida de seu filho era preciosa e parte do plano de Deus. Como pais cristãos, somos chamados a imitar essa coragem e responsabilidade. Estamos dispostos, movidos pela fé e amor sacrificial, a proteger nossos filhos das influências malignas e a guiá-los nos caminhos do Senhor?

Aplicação: 

Reflita sobre como você tem cuidado da “herança do Senhor” em sua vida. Você reconhece o valor e o propósito de Deus em seus filhos (ou nas crianças ao seu redor)? Dedique tempo para orar por eles, buscando sabedoria para criá-los com amor, disciplina e temor a Deus. Ensine-lhes a Palavra de Deus, seja um exemplo de fé e proteja-os das influências do mundo com coragem e intencionalidade.

Oração:
 

Pai celestial, agradeço pelos filhos, herança preciosa que me confiaste. Concede-me sabedoria e coragem para criá-los segundo Tua vontade, protegendo-os do mal e guiando-os em Teus caminhos. Ajuda-me a enxergar neles o valor que Tu vês e a honrá-los como Tua criação. Em nome de Jesus, amém.

sábado, 26 de abril de 2025

Cuidando Com Amor dos Nossos Relacionamentos

“Assim como quereis que os homens vos façam, do mesmo modo fazei-lhes vós também.” (Lucas 6:31)

Violeta
Imagem gerada por AI
Pr. Cleber Montes Moreira
 

No início dos anos 90, quando ainda era solteiro, aceitei o convite para pastorear uma igreja no interior do Espírito Santo. Logo ao chegar, fui agraciado com um presente singelo, mas cheio de significado: um vasinho de planta. Fiquei encantado com o gesto e com a beleza daquela pequena vida verde. Contudo, minha inexperiência e falta de atenção logo se manifestaram. Às vezes, esquecia de regá-la; outras, exagerava na água; colocava-a ao sol e me esquecia dela. O resultado? Não demorou, e a planta, sem os cuidados necessários, secou e morreu, sem nunca exibir todo o esplendor de sua beleza.

Hoje, anos depois, aquela plantinha veio à minha mente e me levou a refletir sobre algo muito mais profundo: nossos relacionamentos. Assim como uma planta precisa de cuidado constante para florescer, nossos relacionamentos — com amigos, cônjuges, familiares ou irmãos em Cristo — exigem que os cultivemos com amor. É uma via de mão dupla: quando cuidamos com carinho, recebemos bênçãos em retorno, e ambos, nós e o outro, encontramos contentamento. Mas, se negligenciamos esses laços, eles murcham, como aquela planta, e a alegria se esvai.

A Bíblia nos ensina a tratar os outros com o mesmo amor que desejamos receber (Lucas 6:31). Contudo, a iniciativa deve partir de nós. Cada pessoa em nossa vida é um presente precioso de Deus, e cabe a nós valorizá-la, dedicando tempo, paciência e gestos de carinho. Relacionamentos não prosperam por acaso; eles florescem quando os cultivamos com amor intencional, e até sacrificial, guiados pela graça de Deus.

Como você tem cuidado dos seus relacionamentos? Tem regado essas conexões com palavras de encorajamento, com sua presença, com orações e iluminado-as com atitudes de bondade? Ou tem permitido que a correria do dia a dia, interesses pessoais ou prioridades equivocadas os deixem murchar? Que possamos, com a ajuda do Senhor, cultivar nossos relacionamentos com o mesmo zelo de um jardineiro, para que eles floresçam e glorifiquem a Deus.

Aplicação:

  • Reflita sobre um relacionamento que precisa de mais amor e cuidado. Que ação prática você pode realizar hoje para nutri-lo?
  • Dedique um momento para ouvir alguém com atenção, demonstrando que valoriza sua presença.
  • Pratique um gesto de amor, como enviar uma mensagem de encorajamento ou interceder em oração por alguém querido.

Oração:
Senhor, nosso Deus, agradecemos pelos relacionamentos que nos concedes como presentes. Ensina-nos a cuidá-los com amor, paciência e dedicação, refletindo Teu coração.

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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Entre Filhos de Deus: Piedade Genuína ou Aparência Enganosa?

“E um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...] E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. [...] E, cerca de três horas depois, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto a herdade? E ela disse: Sim, por tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós combinastes tentar o Espírito do Senhor? [...] E, imediatamente, caiu aos seus pés e expirou.”
 (Atos 5:1-11 )

Galinha e patinhos

Pr. Cleber Montes Moreira

Uma história curiosa nos ajuda a refletir sobre a convivência entre naturezas distintas. Em 2022, um consultor rural em Minas Gerais compartilhou um vídeo que viralizou nas redes sociais: uma galinha, tendo chocado ovos de uma pata, cuidava dos patinhos como se fossem seus filhotes. Ela os protegia, seguia-os por toda parte, mas, quando os patinhos nadavam no lago, a galinha só podia ficar na margem, ansiosa, incapaz de acompanhá-los na água.

Diante dessa imagem, refleti sobre a realidade que encontramos nas igrejas: pessoas com naturezas diferentes — umas salvas, genuinamente regeneradas, e outras que apenas se parecem com os salvos — convivendo lado a lado; filhos de Deus verdadeiros, e outros que apenas caminham com os filhos de Deus como se também fossem um deles.

A história de Ananias e Safira, em Atos 5:1-11, ilustra essa realidade de forma impactante. Eles caminhavam entre os crentes, participavam das mesmas práticas, mas suas ações revelaram uma natureza não regenerada. Ao venderem uma propriedade, decidiram reter parte do valor, mentindo ao declararem que haviam doado tudo. Não estavam obrigados a doar nada, mas quiseram parecer mais espirituais do que eram. A motivação por trás do ato não era o amor a Deus ou aos irmãos, mas o desejo de reconhecimento; queriam ostentar aparência de piedade, serem admirados, mas seus motivos eram egoístas.

Como o Senhor nos diz em Mateus 6:24: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” A presença na igreja não os tornava salvos, pois lhes faltava a experiência do novo nascimento (João 3:3) — assim como na história dos ovos de pata chocados pela galinha, suas práticas revelaram uma natureza distinta da dos cristãos autênticos.

Deus, que vê o coração, não se deixa enganar (1 Samuel 16:7; 1 Reis 8:39; Lucas 5:22). Pedro, cheio do Espírito Santo, confrontou a mentira, e o juízo foi imediato: ambos caíram mortos. Esse episódio é um grave alerta: estar entre os filhos de Deus não garante a salvação. Muitas vezes, “boas ações” podem esconder intenções de autopromoção. Ananias e Safira buscavam elogios, como os religiosos hipócritas que Jesus condenou em Mateus 6:1-6, por agirem para serem vistos pelos homens. Suas obras, em vez de glorificarem a Deus, serviam apenas para inflar sua própria reputação.

Paulo, em 2 Timóteo 3:5, adverte sobre aqueles que têm “aparência de piedade, mas negam a sua eficácia”. Ananias e Safira são exemplos disso. Enquanto os primeiros cristãos viviam em verdadeira entrega, compartilhando tudo com os irmãos (Atos 4:32-35), eles viviam uma falsa espiritualidade. Sua hipocrisia, como a “azeitona-do-ceilão” — um fruto que parece azeitona, mas é amargo e adstringente —, prometia algo que não entregava. Assim, muitos hoje podem estar na igreja, mas seguir um caminho espiritual diferente, rumo a um destino eterno separado de Deus (Mateus 25:46).

A lição é clara: Deus conhece nossas intenções. Como diz Lucas 12:2: “Nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.” Podemos enganar outros, até a nós mesmos, mas nunca a Deus. A verdadeira piedade nasce de um coração regenerado, que busca glorificar a Deus, não a si mesmo. A história de Ananias e Safira nos chama a examinar nossa fé: somos filhos de Deus ou apenas imitamos a piedade? Caminhamos com os salvos, mas para onde nosso coração nos leva? 

Aplicação:
Examine seu coração à luz da Palavra. Sua vida cristã é fruto de uma fé genuína ou de uma representação? Você tem buscado agradar a Deus ou aos homens? Que hoje seja um dia de verdade diante do Senhor, pois não podemos enganar Aquele que sonda os corações.

Oração:
Senhor, Tu sondas meu coração e conheces minhas intenções. Livra-me de toda hipocrisia e ajuda-me a viver uma fé genuína, que Te honre de verdade. Em nome de Jesus, amém.

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