A Palavra
livros teológicos

quinta-feira, 25 de julho de 2024

A Maior Demonstração de Amizade: Levar Nossos Amigos a Jesus

Cuidado além das Necessidades Temporais: A Busca pela Salvação de Nossos Amigos

Paralítico
Imagem de John Paul Stanley. Fonte: imagensbiblicasgratis.org

Pr. Cleber Montes Moreira

“Homem, os teus pecados te são perdoados” (lucas 5:20)

O episódio dos amigos que levam o paralítico até Jesus, entre outras lições, nos ensina a importância de estarmos atentos às necessidades de nossos amigos. Ajudá-los, ouvi-los, aconselhá-los, oferecer nosso “ombro amigo” e orar por eles são demonstrações de amor sincero. No entanto, precisamos reconhecer a maior e mais urgente necessidade de nossos amigos que ainda não entregaram suas vidas ao Salvador.

Embora a Bíblia não detalhe, é natural imaginar que aqueles presentes esperassem uma demonstração de poder visível por parte de Jesus, resultando na cura imediata do homem. Talvez tenham ficado desapontados ao ouvirem: “Homem, os teus pecados te são perdoados.”

Muitas pessoas se decepcionam com Jesus porque esperam d'Ele cura física ou alguma bênção temporal. Isso ocorre porque não compreendem a real e maior necessidade humana: o perdão dos pecados e a salvação eterna! Jesus não disse que veio ao mundo para curar ou trazer soluções para nossos problemas terrenos, mas para “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10). Ele também declarou: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10:10). Essa abundância refere-se à salvação e não à saúde física ou a uma vida livre de problemas neste mundo.

Para a possível decepção de alguns presentes e para a crítica dos fariseus que não criam em Jesus, o primeiro ato do Senhor foi curar espiritualmente aquele homem. Ele transformou a vida do paralítico começando pelo mais importante e urgente. O Senhor sabe que não adianta ao homem ter saúde, dinheiro, um bom emprego, uma linda família ou qualquer outra coisa, se ele morrer e for para o inferno. Ele deseja que tenhamos todas essas coisas e, se Ele quiser, pode nos concedê-las, mas antes Ele se interessa em resolver nossa maior necessidade.

Na verdade, levar amigos a Jesus é a grande obra social que os crentes podem realizar. Ao crerem em Jesus, as pessoas abandonam seus pecados e vícios, tornando-se melhores maridos, esposas, filhos e pais, melhores patrões, melhores funcionários, melhores profissionais, melhores cidadãos, entre outros. A cura física transforma o corpo, mas a cura espiritual transforma todo o ser, pois implica novo nascimento e a garantia eterna da salvação; uma nova vida, aqui na Terra e na eternidade, segundo o padrão de Deus. Aquele homem não apenas pôde andar; mais que isso, ele se tornou uma nova criatura!

Façamos das necessidades temporais de nossos amigos uma oportunidade para demonstrar nosso amor sincero e levá-los ao Salvador — uma oportunidade evangelística. Não há maior demonstração de amizade do que levar alguém a Cristo. Pense nisso!

sábado, 20 de julho de 2024

Jesus: a Maior Demonstração de Amizade Verdadeira

O Amigo Incomparável: Um Chamado ao relacionamento com o Salvador

O amigo Jesus
Imagem gerada por AI
Pr. Cleber Montes Moreira

“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”
(João 15:13)

Mais que um mero sentimento, a amizade verdadeira é um compromisso profundo, alicerçado em amor, lealdade, entrega e abnegação. E não há maior exemplo de amizade verdadeira do que aquele demonstrado por Jesus.

Como diz a letra do hino 81 do Cantor Cristão: “Nenhum amigo há igual a Cristo! Não, nenhum, não nenhum…” O poeta explica a razão: “Outro não há que minha alma salve.” Como nenhum outro, “Cristo sabe das nossas lutas”. Ao contrário dos falsos amigos, “nenhum momento Ele me abandona”. No mundo, podemos ter muitos amigos, mas, além de Cristo, “nenhum amigo há tão nobre e santo”. Quem nele crê sabe que, por Ele, “crente nenhum é desamparado”. Que amigo maravilhoso é Jesus!

Embora não mereçamos, Jesus, por amor, tomou sobre si o castigo que era destinado a nós, morrendo em nosso lugar na cruz para nos conceder salvação. Sim, Ele morreu por nós mesmo “sendo nós ainda pecadores”, ou seja, enquanto éramos inimigos de Deus, revelando assim a vasta extensão e a profunda riqueza de Sua graça e misericórdia (Romanos 5:8).

Jesus mesmo disse que “ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13). Contudo, Ele morreu por todos, repito, quando todos estávamos na condição de inimigos de Deus; Ele manifestou a todos os homens, sem distinção, a Sua graça salvadora (Tito 2:11), para que todos os que creem sejam salvos e reconciliados com o Pai (Romanos 5:10; 2 Coríntios 5:18,19; Colossenses 1:20).

Apesar de Jesus ter demonstrado amizade para com todos, a amizade é uma via de mão dupla, de modo que precisamos corresponder ao amor do Salvador. Isso consiste em crer nele e obedecer aos Seus mandamentos, para que possamos desfrutar de um relacionamento íntimo e eterno com Ele. Jesus declara: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:14).

A amizade com Jesus exige renúncia à amizade com o mundo. Como está escrito: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus…” e “qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Romanos 8:7; Tiago 4:4). O apóstolo João nos exorta: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). Portanto, ser amigo de Jesus significa viver de modo diferente do padrão da sociedade corrompida, rejeitando os valores e práticas que são contrárias ao evangelho.

Jesus é seu amigo. Mas, você é amigo de Jesus? Esta é a pergunta crucial que cada um de nós deve responder. Ser amigo de Jesus significa mais do que reconhecer Sua existência, mais do que saber coisas sobre Ele, mais do que admirá-Lo; significa viver em obediência, amor e fidelidade a Ele, o que somente é possível por meio da fé genuína e entrega a Ele do comando da vida. É através dessa amizade que encontramos paz, propósito e recebemos Dele a vida eterna.

Se você ainda não é um verdadeiro amigo de Jesus, reconheça Seu amor sacrificial agora mesmo, entregue-se a Ele pela fé e, em gratidão, dedique-se a viver para Ele.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

A igreja certa

Qual é a Igreja Certa para Pertencer? Expectativas Humanas e a Realidade Bíblica

igreja certa versus igreja errada
Imagem: Freepik
Pr. Cleber Montes Moreira

“De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas.”
(Atos 2:41 — grifo do autor)

Durante uma conversa com um casal, que ocorreu durante um encontro de musicalização no templo de nossa igreja, do qual o filho participava, afirmei que eles deveriam trazer o menino aos cultos. A resposta da mulher foi: “A gente tem que ver qual é a igreja certa”. Num ímpeto, perguntei se, por acaso, esta era a igreja errada. O casal, ex-membros da igreja, informou que está visitando diferentes igrejas e ainda não encontrou o lugar ideal.

O que significa “igreja certa”? Creio que, para a maioria, isso está relacionado às expectativas pessoais e ao que a igreja oferece para atendê-las.

Em certa ocasião, conversava com uma irmã de uma igreja por onde passei. Ela frequentava pouco a sede e morava ao lado de uma de nossas congregações. Sugeri que ela frequentasse ali, pois poderia contribuir com o trabalho. No entanto, ela respondeu que não, pois lá não havia boa música e a congregação tinha pouco a oferecer. Existem pessoas que desejam apenas receber e nunca colaborar; preferem encontrar tudo pronto, em vez de ajudar a construir.

Em João, capítulo 6, vemos uma multidão seguindo Jesus por causa dos pães e peixes multiplicados. Eram seguidores incrédulos e interesseiros. Quando o Senhor lhes oferece o Pão da Vida, a situação muda, e já não há mais interesse em andar com Ele, ficando apenas os doze (João 6:66). Agora Jesus não era mais o homem certo, aquele que antes queriam fazer rei (João 6:15-17).

Geralmente, a “igreja certa” é a que oferece o que a pessoa precisa no momento. Essa é a lógica do incrédulo. Ele não compreende que aqueles que comeram do maná no deserto morreram; que aqueles que comeram dos pães e peixes multiplicados pelo Senhor também morreram; mas que Jesus é o Pão vivo que desceu do céu e dá vida ao mundo (João 6:31-35).

Em Atos 2, agregaram-se à igreja “os que de bom grado receberam a sua palavra” (Atos 2:41). Eles não foram atraídos por falsas promessas, nem mantiveram motivações equivocadas. Creram na Palavra da Verdade pela qual foram regenerados, foram batizados e, com os demais irmãos, “perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (v. 42). Eles não perguntaram se aquela era a “igreja certa” porque não estavam movidos por uma visão ou interesses humanos, mas porque creram verdadeiramente no evangelho e foram feitos filhos de Deus (João 1:12).

A “igreja certa” não é aquela que contempla os anseios e caprichos humanos, que se molda para atrair pessoas. É aquela que proclama a Palavra da Verdade, pela qual o salvo é gerado, santificado e capacitado para servir. Não é aquela que tem mais a oferecer aos “clientes”, mas um corpo local de crentes que perseveram na doutrina, na comunhão, e cooperam oferecendo seu trabalho para a edificação mútua e crescimento.

A “igreja certa” é aquela que, apesar de suas imperfeições — porque seus membros são humanos e imperfeitos —, está centrada em Cristo e se orienta por Sua Palavra, e não pelo conceito secular do que é a “igreja certa”. Pense nisso!

quinta-feira, 18 de julho de 2024

A esperança que nos encoraja e motiva

Vivendo como Peregrinos: Motivados pela Esperança da Promessa da Nova Terra

Escada para o céu
Imagem gerada por AI
Pr. Cleber Montes Moreira

“Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada um príncipe entre eles”
(Números 13:1).

“E Josué, filho de Num, enviou secretamente, de Sitim, dois homens a espiar, dizendo: Ide reconhecer a terra e a Jericó…” (Josué 2:1).

Os textos de Números 13:1 e Josué 2:1 nos trazem relatos de duas ocasiões em que espias são enviados para observar a terra a ser possuída pelas tribos de Israel. Primeiramente, por Moisés, para observar Canaã (Números 13). Posteriormente, Josué, que estava entre os doze espias enviados por Moisés e agora liderando o povo, envia dois homens para espiar Jericó e trazer um relatório sobre a terra (Josué 2:1).

Assim como Israel, nós também temos uma Terra Prometida e desejamos saber como ela é. Paulo nos diz que “a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20). Mas como é esta cidade? Já pensou se pudéssemos enviar espias para lá, para nos trazer informações sobre como é a cidade celestial?

Nas palavras de Jesus e nos ensinos do Novo Testamento, temos uma visão da nossa “Terra Prometida”. Essa visão deve nos motivar a uma vida santa, de desapego a este mundo, e de trabalho para Cristo. Em Hebreus 11:10, lemos sobre Abraão, que “esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus”.

A vida de peregrinação no deserto não era fácil. Mas a promessa de uma terra que mana leite e mel deveria mover o povo a prosseguir (Números 14:8). Quanto a nós, também somos peregrinos neste mundo (1 Pedro 2:11) e, por vezes, podemos nos desanimar por causa de percalços durante a jornada, principalmente se perdermos de vista o que nos aguarda. Paulo, em 2 Coríntios 4:17, nos lembra que “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”. Esta passagem destaca que as dificuldades que enfrentamos nesta vida são temporárias e não se comparam com a glória que será revelada em nós. De maneira similar, em Romanos 8:18, Paulo afirma: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

A visão do céu deve nos motivar a viver de forma santa, justa e piedosa, a suportarmos as afrontas e toda oposição. Jesus nos diz: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.” E Ele termina esta sentença com uma nota de triunfo: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mateus 5:10-12). A confiança nas palavras do Senhor nos capacita a suportar as tribulações e nos faz renunciar a todas as vantagens desta vida, sabendo que estamos acumulando tesouros no céu (Mateus 6:20).

Você consegue olhar para o céu e sentir-se verdadeiramente esperançoso e motivado? Jesus assegurou-nos que há um lugar para aqueles que nele creem: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar” (João 14:2). Esta promessa deve encher-nos de esperança e nos impulsionar a viver segundo os valores do reino dos céus. João escreveu: “E todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro” (1 João 3:3).

Lembremo-nos sempre de que “não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hebreus 13:14). Que a visão do céu nos encoraje e nos motive a perseverar, sabendo que um dia estaremos com o Senhor, e que Ele enxugará dos nossos olhos toda lágrima; “e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4). Pense nisso!

livros teológicos

Livros teológicos?

livros teológicos