“Os Subversivos” e a versão gospel do futuro (ou de hoje) | A Palavra

segunda-feira, 23 de maio de 2022

“Os Subversivos” e a versão gospel do futuro (ou de hoje)

Uma das táticas usadas pela militância do movimento de inclusivo é “Ocupar, Resistir, Subverter”. O objetivo não é causar tumultos, nem dividir igrejas, mas infiltrar, ocupar posições, disseminar o pensamento e fazer discípulos

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Imagem: Unsplash

Pr. Cleber Montes Moreira

“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador… Por isso Deus os abandonou às paixões infames…” (Romanos 1:25,26)

Durante aquela noite de carnaval, no palco montado na Praia do Agito, a programação da Igreja Evangélica do Futuro prometia emoções inesquecíveis, e nem mesmo um imprevisto desagradável acabaria com a festa. Os convidados para o evento, a pastora transexual Thalita Vallentine, da Igreja Inclusiva Internacional de São Paulo, o cantor gospel Chiquinho do Agogô, o Babalaô Pai Zequinha e a Ialorixá Mãe Rosa dividiram o palco em que proferiram mensagens de amor e tolerância. Após a equipe de louvor local levantar a multidão com seu axé, foi a vez da banda cristã LGBT ‘Os Subversivos’ sacudir o povo com seus louvores dançantes.

A lua cheia e a brisa do mar tornaram o clima ainda mais agradável. Os casais presentes, sem pudor farisaico, trocaram afetos, enquanto os desimpedidos participaram do “desafio do beijo”, brincadeira que virou febre, tudo num clima de muita festa e descontração.

Enquanto a programação transcorria, a normalidade foi quebrada por causa de fundamentalistas que, à distância, protestavam ostentando faixas com frases como “O Show tem que acabar” e “Voltemos ao Evangelho”. Mas, não demorou muito e a polícia conteve os desordeiros que foram levados para a delegacia sob a acusação de intolerância religiosa, preconceito e perturbação da ordem. Depois de pagarem fiança, os envolvidos foram liberados e responderão em liberdade.

Após o incidente a ordem foi restabelecida, e os organizadores proferiram uma emocionante oração ecumênica pela paz. Em seguida o Hino da Inclusão foi entoado, e todos recitaram a parte da letra projetada no telão, que diz:

Liberdade para servir e amar,

Inspirados sempre pela graça,

Para juntos na força do Espírito andar,

E nossas diferenças sempre respeitar.

 

O ecumenismo é uma artimanha maligna para enfraquecer a identidade cristã, e uma porta escancarada para o movimento inclusivo que, por sua vez, valendo-se de um discurso politicamente correto, regado de amor, apresenta um evangelho reducionista com a intenção de introduzir na membresia das igrejas pecadores sem a experiência do arrependimento e do novo nascimento. Na prática, é disseminada a mensagem de que todos são filhos de Deus, de que todos os caminhos levam ao Pai, e de que se pode viver como quiser e mesmo assim ter parte com o Eterno. Como já tem sido ensinado por um expoente da teologia inclusiva, como vemos num de seus sermões publicados no YouTube1, se você é capaz de amar, então você é salvo. A base para tal ensino, é: “Ama e faz o que quiseres”, uma frase tomada de Agostinho, usada fora de contexto e a pretexto.

Um dos lemas do movimento de inclusão é “Ocupar, Resistir, Subverter”. A estratégia não é causar tumultos, nem dividir igrejas, mas infiltrar, ocupar posições, disseminar o pensamento e fazer discípulos. Assim essa gente, que age com sutileza, tem alcançado os púlpitos das igrejas, cadeiras nos seminários e cargos denominacionais. São teólogos, pastores, líderes de jovens, professores, escritores etc. Os subversivos estão por toda parte, quase sempre imperceptíveis, trabalhando para desconstruir valores tradicionais e edificar uma igreja que não tem parte com Cristo.

“Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (Judas 1:4).

 

Em maio de 2019

1  https://www.youtube.com/watch?v=7e-Rm3Kq2C4 (acessado em 22 de janeiro de 2019)

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