Como você descreveria a “Igreja do Futuro”? Confrontando Expectativas Humanas com a Verdade Bíblica
Imagem gerada por AI |
“Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Efésios 5:27)
Uma postagem no Facebook convidava para um evento cujo tema é “A Igreja do Futuro”. Embora eu não conheça o conteúdo do que ali se trata, a postagem me impeliu a refletir sobre o que seria “A Igreja do Futuro” à luz das expectativas humanas e dos movimentos atuais.
Para alguns, a igreja do futuro será como um hipermercado, onde cada pessoa encontrará tudo o que procura: louvores e sermões adequados aos seus interesses; acolhimento; promessas de curas, milagres e prosperidade; e outros serviços que atendam às suas necessidades e exigências. Essa visão sugere uma igreja moldada aos caprichos e preferências individuais, em vez de alicerçada na imutável Palavra de Deus. Essa é a igreja profetizada pelo apóstolo Paulo, formada por falsos profetas e pessoas desviadas da verdade, que não suportam a sã doutrina, mas são ávidas por ensinamentos que lhes afagam os ouvidos (2 Timóteo 4:3-4).
Para outros, a igreja do futuro será uma igreja sem regras e exigências morais; uma igreja onde pecadores se assentem à mesa com Jesus, sem que nada lhes seja exigido: nenhuma mudança, transformação, renúncia ou arrependimento. Essa visão promove um deus serviçal e condescendente, em cuja igreja é proibido falar em pecado. Sua doutrina é “amar e não julgar”. No entanto, a Bíblia nos ensina que o verdadeiro amor está intrinsecamente ligado à verdade e à santidade. Jesus disse: “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (João 14:15).
Há também quem imagine a igreja como um parque agradável em meio a uma cidade poluída; um local para descanso, caminhada agradável, ar puro e revigorante. Um lugar onde as pessoas vão quando estão estressadas, não para ficar, mas para se sentir melhor momentaneamente. Contudo, a igreja é chamada a ser um corpo de crentes dedicados, comprometidos com a comunhão e o serviço mútuo (Hebreus 10:24-25).
Em 25 de junho de 2017, o Portal O Globo publicou matéria com o seguinte título: “Igrejas diferentonas atraem jovens evangélicos: Cultos em sala de cinema ou comandados por pastor de calça rasgada renovam a fé de uma turma que tem visual barbudo, tatuagens e piercings”.1 Para muitos, essa é a igreja do futuro, uma igreja que se adapta às tendências culturais e estéticas para atrair as novas gerações. Embora seja importante que a igreja seja acessível e relevante, ela não deve comprometer a mensagem do Evangelho para atrair pessoas. A verdadeira igreja visa não a adesão, mas a conversão de pecadores em filhos de Deus.
Se quisermos saber mais sobre a verdadeira “Igreja do Futuro”, devemos olhar para o passado, para as Escrituras. A igreja do futuro é, na verdade, a igreja do passado que se mantém fiel ao longo dos tempos. É a igreja que, enquanto neste mundo, não se contamina, mas se conserva pura para o encontro com o seu Senhor. É a igreja que prega o verdadeiro evangelho, denuncia o pecado e convida ao arrependimento. João Batista e Jesus começaram seu ministério com um chamado ao arrependimento (Mateus 3:2; 4:17).
É uma igreja que prega e vive o amor de Deus, não um falso amor tolerante com o pecado, mas um amor que busca a salvação dos perdidos, a edificação e a santificação dos salvos. A igreja do futuro será odiada pelo mundo, perseguida, e tentarão extirpá-la da Terra, pois não é uma instituição humana, mas divina (João 15:18-19).
A igreja do futuro é a igreja que Cristo vem buscar, “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5:27). Ela persevera na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (Atos 2:42). A igreja do futuro se caracteriza pela fidelidade ao Senhor e pela doce expectativa de Sua volta — é a igreja que habitará com Cristo na eternidade (1 Tessalonicenses 4:16-17; Apocalipse 19:6-7). Pense nisso!
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