O verdadeiro avivamento não se constata necessariamente no que fazemos, mas em como Cristo vive em nós; é a manifestação da sua vida na vida do salvo
Foto: vista do templo da Igreja Batista de Vila Antunes |
Domingo passado choveu copiosamente, de modo que nestas condições seria natural qualquer pessoa justificar sua ausência na reunião cúltica. Além disso, sabemos que o acesso ao nosso templo impõe certas dificuldades que, em circunstâncias normais, já seriam suficientes para desmotivar aqueles que buscam alguma desculpa para não congregar: a estradinha arborizada é íngreme, e a escadaria seria um fator de desânimo para muitos e uma justificativa para os irmãos da ‘melhor idade’. O acesso asfaltado exige ainda mais esforço físico para quem não tem condução própria. É que nosso templo fica num local elevado. Embora tenhamos uma visão privilegiada de parte da cidade (e eu amo esta vista!), e o local seja lindo e aprazível, sabemos que para os desinteressados as dificuldades são mais relevantes que a beleza do lugar e o prazer da comunhão com os irmãos.
Faltando alguns minutos para o início do culto, poucos haviam demonstrado coragem suficiente para superar os obstáculos do mau tempo. Sinceramente pensei que naquela noite seríamos uns cinco, ou no máximo uns dez. Entretanto, para minha surpresa e alegria, logo vários outros irmãos foram chegando, de modo que nossa reunião, contra todas as expectativas, foi excelente em número e em qualidade. Até brinquei com a igreja: que bom que aqui temos crentes de verdade! Fato é que devemos estar sempre dispostos a oferecer a Deus um culto sacrificial — “porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada” (2 Samuel 24:24). Sei que mesmo aqueles que não podem comparecer por causa de enfermidades e/ou outros impedimentos, não importando como ou onde estejam, devem dar a Deus o seu melhor com alegria. Afinal, em toda e qualquer situação Ele está conosco, e nele está o nosso contentamento.
Recente tivemos uma semana de oração quando pedimos a Deus para avivar a sua obra entre nós. E Ele tem nos respondido prontamente. Temos aprendido que avivamento espiritual não se mede pela quantidade, pelo volume do som, pelos “sermonetes” que intercalam os louvores — muitas vezes sem fundamento bíblico —, pelas entradas financeiras, pelos eventos que possamos realizar, mas pela ação de Deus em nos fazer mais e mais parecidos com o Senhor Jesus; o verdadeiro avivamento não se constata necessariamente no que fazemos, mas em como Cristo vive em nós; é a manifestação da sua vida na vida do salvo — “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20).
Avivamento não é estardalhaço. Crentes avivados são operosos e cheios de alegria em servir, e não precisam ostentar. E é exatamente isso que temos visto acontecer em nossa igreja: pessoas motivadas pelo prazer de adorar, que sentem alegria na comunhão com os irmãos, que oram umas pelas outras, que praticam a mutualidade, que se reúnem buscando oferecer a Deus um culto cristocêntrico, e que se esforçam para cumprir sua missão no mundo como igreja do Senhor. É fato que temos um grande caminho a percorrer na busca pelo aperfeiçoamento em Cristo, mas é verdade que, na dependência do Espírito, vemos isso acontecendo dia após dia.
Tem chovido muito, é verdade. Mas temos sido agraciados com abundantes chuvas de bênçãos — o jardim do Senhor, a igreja, está mais verdejante, e isso se verifica também na alegria dos irmãos em comparecer à casa de culto. Que nisso cresçamos ainda mais. Sigamos orando e trabalhando neste sentido.
Amém Glórias a Deus
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