Paternidade responsável | A Palavra

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Paternidade responsável

Sabedoria paterna: oferecendo aos filhos genuinamente “coisas boas”

Pai e filho
Imagem: Freepik
Pr. Cleber Montes Moreira

“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:11)

Jesus, referindo-se à bondade de Deus, utilizou a analogia de um pai humano. Ele afirmou: “Se vós, que sois maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:11). Esta passagem nos ensina que mesmo os homens falhos desejam proporcionar coisas boas aos seus filhos, quanto mais Deus, que é perfeito. Embora o texto aborde os conceitos de “pedir”, “buscar” e “bater”, garantindo-nos que “aquele que pede, recebe; e quem busca, encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Mateus 7:7,8), isso não implica que Deus, como um Pai benevolente, atenderá todas as nossas petições, mas sim que Ele nos concederá o que é verdadeiramente benéfico.

Nesse contexto, emerge uma valiosa reflexão sobre o que proporcionamos aos nossos filhos: almejamos prover-lhes alimentação de qualidade, boas vestimentas, educação sólida, brinquedos, momentos de lazer, entre outros. No entanto, muitas vezes, por falta de discernimento, tendemos a satisfazer todos os seus desejos, oferecendo-lhes coisas que não contribuem para o seu bem-estar. Na minha cidade natal, há um caso emblemático em que um pai presenteou o filho com uma motocicleta potente. No mesmo dia, o jovem perdeu a sua vida num acidente. Ele não possuía a maturidade para lidar com tal responsabilidade. O presente era bom e valioso, mas não para aquele rapaz naquele momento.

Muitos pais acham normal proporcionar tudo o que os filhos pedem. Outros consideram que os bens materiais e uma educação secular sólida é o melhor que podem oferecer. No entanto, deixam de considerar que em muitas ocasiões eles também precisam ouvir um “não”, exercitar a paciência de um “espere”, receber bons conselhos, disciplina e as correções adequadas.

Consequentemente, um bom pai não é aquele que satisfaz todos os desejos dos filhos, mas sim aquele que concede o que é genuinamente benéfico. O amor paterno sábio é aquele que compreende as necessidades reais das crianças e jovens, proporcionando orientação, ensinamentos e limites que os auxiliarão a crescer de forma saudável e responsável.

No texto, a palavra traduzida como “bens” ou “boas coisas”, conforme a versão bíblica, é o grego agathós, que significa “de boa constituição ou natureza; útil, saudável; bom, agradável, amável, alegre, feliz; excelente, distinto; honesto, honrado”. Tendo isso em mente, pergunto: O que temos oferecido aos nossos filhos é realmente “boas coisas”? Pense nisso!

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