Cristo versus paixões: perscrutando os motivos que impulsionam nosso viver | A Palavra

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Cristo versus paixões: perscrutando os motivos que impulsionam nosso viver

Prioridades e paixões: afinal, o que nos move? Pelo que temos vivido?

Cristo e prioridades
Imagem gerada por IA
Pr. Cleber Montes Moreira

“Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” (Atos 20:24)

Embora não esteja descrito assim nos dicionários, podemos afirmar que “paixão” é aquilo que motiva certas pessoas, ou algo, ou alguma causa, pela qual estariam dispostas a sacrificar suas vidas.

Ao assistir a uma matéria jornalística, logo concluí que o apresentador tinha um viés, pois ao relatar as notícias não o fazia com imparcialidade, mas sim como um “torcedor” apaixonado em questões da política nacional. Muitos transformaram a política partidária em sua causa (paixão), chegando até mesmo a cometer atos desonestos, como mentir.

Quando o tema é futebol, é frequente observarmos pessoas gastando dinheiro com itens que promovem a imagem de seu time do coração, mesmo aquelas com baixo poder aquisitivo. Alguns chegam a despender recursos em viagens, ingressos e souvenirs em detrimento da saúde ou alimentação, e até mesmo em detrimento de honrar compromissos ou prover o sustento da família. Entre as torcidas, ocorrem xingamentos, brigas e até mesmo casos de violência física e homicídios. Movidos por essa mesma paixão, há entre os crentes aqueles que se atrasam ou faltam aos cultos para não perderem os jogos de seu clube preferido; a igreja e o culto público ficaram em segundo plano.

Muitos são impelidos por paixões ou causas passageiras, tendo seu foco na terra e não nos céus (Mateus 6:21).

Entre os crentes, há aqueles que já não cultivam o interesse pelas reuniões de oração, Escola Bíblica e os cultos dominicais, preferindo participar de qualquer evento social e ausentando-se por motivos fúteis. Possivelmente, assim como os crentes de Éfeso, tenham perdido o seu “primeiro amor”, deixando de colocar Cristo como prioridade em suas vidas (Apocalipse 2:4). Outros amores e paixões se apoderaram de seus corações.

A Bíblia nos ensina que o homem natural é conduzido por paixões carnais (Romanos 7:5). Timóteo foi aconselhado a fugir das “paixões da mocidade” (2 Timóteo 2:22). Paulo afirma que “os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e desejos” (Gálatas 5:24). Quanto à sua própria experiência com Deus, o apóstolo declara que não considera sua vida preciosa, desde que possa cumprir com alegria a carreira e o ministério recebidos do Senhor, para testemunhar o evangelho da graça de Deus (Atos 20:24). Em outras palavras, ele tinha uma causa que sobrepujava seus interesses pessoais; vivia para Cristo, e não para si mesmo; havia sido liberto das paixões da carne.

O que nos motiva é o que determina nosso viver, conferindo-lhe sentido e orientando o uso de nosso tempo, energia e habilidades. Se Cristo for a nossa motivação, viveremos para Ele e O serviremos com determinação e alegria; caso contrário, Ele não ocupará o primeiro lugar no coração, e, como diz a letra de uma canção, “não passa de uma ilusão”. Pense nisso!

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