A ameaça dos falsos ensinos e o desafio de perseverar na liberdade em Cristo
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“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho […]. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gálatas 1:6,8)
Paulo expressa sua surpresa ao perceber que os irmãos da Galácia haviam abandonado a graça de Cristo em favor de outro evangelho. Alguns crentes haviam sido influenciados por pessoas de origem judaica, que insistiam que os novos convertidos deveriam seguir a Lei de Moisés, especialmente quanto à prática da circuncisão. O trabalho desses legalistas, de acordo com o apóstolo, consistia em “inquietar” e “perverter o evangelho de Cristo” (v.6).
Paulo tinha plena consciência do que significava estar sujeito à lei. Antes de sua conversão, ele era excessivamente zeloso em sua religião, chegando ao ponto de perseguir e até mesmo matar os seguidores de Cristo: “E eu, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais” (v. 14). No entanto, ele teve um encontro pessoal com Jesus e seus olhos foram abertos: depois de passar três dias sem enxergar, algo semelhante a escamas caiu de seus olhos, e ele recuperou a visão; então, ele se levantou e foi batizado (Atos 9:9,18). Paulo foi libertado pelo conhecimento de Cristo, a verdade: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
Em todos os tempos, haverá entre os salvos aqueles que perturbarão e tentarão perverter o evangelho com falsos ensinamentos. Seja retornando aos antigos rudimentos e ao legalismo, ou aderindo a qualquer outra fé e prática que esteja fora do verdadeiro evangelho, isso significa renunciar à graça — é como um pássaro que, depois de anos preso em uma gaiola, se acostuma com ela e, quando é libertado, insiste em voltar porque não está familiarizado com a liberdade.
Jesus veio “pregar liberdade aos cativos” (Lucas 4:19), e “onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade” (2 Coríntios 3:17). Por isso, Paulo exorta seus leitores com estas palavras: “Portanto, permaneçam firmes na liberdade com a qual Cristo nos libertou e não se submetam novamente a um jugo de escravidão” (Gálatas 5:1).
O evangelho é liberdade — não consentimento para pecar ou voltar aos antigos rudimentos —, e essa liberdade é o resultado da maravilhosa graça de Cristo.
Que ninguém nos engane com um falso evangelho. Não devemos dar ouvidos a qualquer mensagem que esteja em desacordo com as Sagradas Escrituras, mesmo que seja apresentada por um “anjo do céu” (v.8). Somente o verdadeiro evangelho é a nossa liberdade. Pense nisso!
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