Celebrações juninas: Tradição versus convicção
Imagem: Freepik |
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (1 Coríntios 10:23)
Certa ocasião, enquanto conversava com um engenheiro responsável por um projeto na igreja, ele relatou sua experiência em um sítio de uma igreja evangélica. Tratava-se de uma área ampla, com uma estrutura muito boa, onde a igreja se reunia para cultos, esportes e outras atividades. Houve uma festa realizada lá, na qual os fiéis, vestidos com roupas xadrez, chapéus de palha e rostos pintados, participaram de várias brincadeiras e dançaram quadrilha. O engenheiro esteve presente e comentou: “Nunca vi uma festa junina tão boa!”.
Apesar de o homem ter gostado da festa, o que destaco aqui é que ele a comparou com outras festas juninas, que são festas religiosas, colocando os evangélicos no mesmo patamar dos católicos. Não é surpreendente que ele tenha rebaixado tanto os crentes (mesmo sem saber), pois, infelizmente, há evangélicos que tratam os católicos como irmãos em Cristo, corroborando a ideia de que “são todos iguais”.
As chamadas festas juninas, que também ocorrem em julho e agosto, incluem várias tradições culturais, como vestimentas típicas, danças, comidas características, fogueiras e diversas brincadeiras. Essas festas surgiram para celebrar os santos, especialmente São João. A pergunta que muitos insistem em fazer é: os crentes podem participar das festas juninas?
A festa junina não glorifica a Deus, pois seu objetivo principal é celebrar os santos católicos.
A festa junina não faz bem aos salvos, pois rebaixa sua imagem àqueles cujo culto é idolátrico.
A festa junina é um péssimo testemunho, pois escandaliza.
Os salvos são um povo alegre e devem celebrar, mas não há razão para comemorar festas juninas, já que podem realizar festas diferentes que não os associem a outras práticas religiosas.
O pastor e escritor Renato Vargens escreveu um artigo muito interessante, intitulado “4 razões porque festas juninas evangélicas são sincréticas e afrontam a Deus” 1, que resumo a seguir:
(1) O background histórico das festas juninas são idólatras, no qual o objetivo final é venerar os chamados “santos católicos”.
(2) Ao criarmos uma festa junina evangélica, sem que percebamos, estamos contribuindo com a sincretização do evangelho.
(3) A participação, bem como organização de festas juninas por parte dos cristãos aponta efetivamente para a “mundanização” da Igreja.
(4) Festa Junina não é evangelismo. Festa junina é paganismo. No afã de evangelizar, parte dos evangélicos têm se aproximado de conceitos anticristãos, negociando assim, valores que jamais deveriam ser negociados.
Termino dizendo que o cristianismo não é uma religião de proibições, mas de convicções. Embora não sejamos proibidos de nada, nossa mente deve ser guiada pelo Espírito Santo, que nos conduz segundo as Santas Escrituras. Por isso, temos a convicção de que “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Coríntios 10:23). Pense nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário