Cuidando da Herança do Senhor: Um Chamado à Coragem e Responsabilidade | A Palavra
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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Cuidando da Herança do Senhor: Um Chamado à Coragem e Responsabilidade

A Beleza que a Fé Enxerga

“E foi um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.” (Êxodo 2:1,2)
Moisés
Imagem gerada por AI
Pr. Cleber Montes Moreira
 

Embora, geralmente, os pais vejam beleza em seus filhos, Amrão e Joquebede, pais de Moisés, enxergaram nele algo além da aparência física. O escritor de Hebreus atribui o ato deles à fé, pois “pela fé Moisés, sendo nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei” (Hebreus 11:23). Provavelmente, a aparência robusta e agradável da criança foi, para eles, um sinal de que Deus o destinara a um grande propósito.

Um filho é sempre um presente valioso. A Bíblia afirma que “os filhos são herança do Senhor” (Salmos 127:3). A pergunta que devemos nos fazer é: como temos visto e cuidado dessa preciosa herança?

Historicamente, o povo de Deus sempre enxergou a vida com um olhar diferente. Muitas nações pagãs, em contraste, tratavam a matança de crianças e o aborto como práticas normais. Mais do que comuns, essas práticas eram, muitas vezes, parte de cultos aos ídolos. Um exemplo claro é o culto a Moloque, um deus cananeu ao qual crianças eram oferecidas em sacrifício. As imagens de Moloque geralmente retratavam uma figura oca de metal, com os braços estendidos, dentro da qual era aceso um fogo intenso. As crianças eram então colocadas nos braços incandescentes da estátua ou diretamente no interior aquecido, sendo queimadas vivas como oferta. Tambores e instrumentos eram tocados ruidosamente para abafar os gritos da criança durante o sacrifício. Deus advertiu severamente Israel para que jamais imitasse tal prática (cf. Levítico 18:21; Jeremias 32:35).

Tragicamente, entretanto, por influência de nações vizinhas, até mesmo Israel e Judá caíram nessa prática em períodos de apostasia. Reis como Acaz e Manassés ofereceram seus próprios filhos em sacrifício no Vale de Hinom, também chamado Tofete, próximo a Jerusalém (2 Reis 16:3; 2 Reis 21:6; Jeremias 7:31; Jeremias 19:4-6). Tais atos eram uma afronta direta a Deus.

Será que o culto a Moloque cessou? Ou será que ele persiste, apenas com novas roupagens? Não estaria a prática do aborto, sob a justificativa da “liberdade” ou da “autonomia do corpo” — o conhecido lema “meu corpo, minhas regras” —, sendo, na essência, uma forma de culto a Satanás? E quando uma criança é deixada em uma caçamba de lixo, em um matagal ou abandonada para morrer, não estaríamos diante de atos que, ainda que inconscientes, constituem verdadeira adoração aos demônios?

E quanto aos pais que, embora não tirem a vida de seus filhos, deixam de cuidar deles? Há aqueles que não lhes oferecem afeto, não se preocupam com a saúde deles, não lhes ensinam, não lhes disciplinam, não lhes dão exemplo, nem lhes falam sobre Deus. Agem com descuido e omissão, expondo seus filhos às armadilhas do mundo. Isso também não seria, de certo modo, uma oferenda ao diabo, ao negligenciar aquilo que têm de mais precioso?

Infelizmente, alguns pais não enxergam a beleza de seus filhos — não falo da aparência física, mas do valor intrínseco como joias confiadas por Deus. Embora não o expressem em palavras, suas ações e negligência revelam essa triste realidade. A quem esses pais estão servindo? Certamente que não a Deus.

Amrão e Joquebede, porém, escolheram um caminho diferente. Em um contexto de opressão, onde o decreto de Faraó ordenava a morte de bebês hebreus (Êxodo 1:16), eles decidiram proteger Moisés. Eles “não temeram o mandamento do rei” (Hebreus 11:23). Sua fé os levou a correr riscos, reconhecendo que a vida de seu filho era preciosa e parte do plano de Deus. Como pais cristãos, somos chamados a imitar essa coragem e responsabilidade. Estamos dispostos, movidos pela fé e amor sacrificial, a proteger nossos filhos das influências malignas e a guiá-los nos caminhos do Senhor?

Aplicação: 

Reflita sobre como você tem cuidado da “herança do Senhor” em sua vida. Você reconhece o valor e o propósito de Deus em seus filhos (ou nas crianças ao seu redor)? Dedique tempo para orar por eles, buscando sabedoria para criá-los com amor, disciplina e temor a Deus. Ensine-lhes a Palavra de Deus, seja um exemplo de fé e proteja-os das influências do mundo com coragem e intencionalidade.

Oração:
 

Pai celestial, agradeço pelos filhos, herança preciosa que me confiaste. Concede-me sabedoria e coragem para criá-los segundo Tua vontade, protegendo-os do mal e guiando-os em Teus caminhos. Ajuda-me a enxergar neles o valor que Tu vês e a honrá-los como Tua criação. Em nome de Jesus, amém.

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