“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tiago 1:14,15)
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| Foto: Hércules |
O irmão Hércules me enviou algumas fotos de coqueiros em seu sítio, visivelmente afetados por uma planta que parece atuar como parasita. Na tentativa de identificar a espécie, recorri à Inteligência Artificial. Segundo análise do Copilot, trata-se possivelmente de uma trepadeira agressiva, do tipo parasitária ou estranguladora — como certos cipós ou até mesmo a erva-de-passarinho (mistletoe tropical). Essas plantas crescem ao redor de árvores como os coqueiros e podem causar sérios danos, chegando inclusive a provocar a morte da planta hospedeira.
Essas espécies parasitárias não surgem do dia para a noite. Elas passam por um processo de crescimento, envolvendo pouco a pouco a planta hospedeira, sufocando-a, alimentando-se de sua seiva e aniquilando-a gradualmente. Temos aqui uma lição espiritual que merece nossa atenção.
Tiago nos ensina que o pecado também segue um processo semelhante. Ele começa com um impulso carnal, — um desejo desordenado — que atrai e engana. Quando esse desejo é alimentado, ele concebe o pecado, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Assim como o parasita se instala discretamente e cresce até sufocar a árvore, o pecado se infiltra na alma, muitas vezes de forma imperceptível, rompendo a comunhão com Deus (Isaías 59:2).
A imagem dos cipós e da erva-de-passarinho nos lembra que o inimigo não precisa derrubar uma árvore de uma só vez. Basta se agarrar a ela, crescer aos poucos, consumir sua força e, por fim, destruí-la. Da mesma forma, desejos não tratados, pensamentos impuros ou atitudes negligenciadas podem se tornar parasitas da alma, sufocando a vida espiritual e conduzindo à morte.
Por isso, devemos vigiar e cortar pela raiz tudo aquilo que ameaça nossa comunhão com Deus — antes que se torne algo maior e mais difícil de remover. A santidade não é apenas uma defesa contra o pecado, mas uma poda constante das influências que tentam nos envolver e prejudicar nossa saúde espiritual.
Foi exatamente isso que Jesus nos ensinou no Sermão do Monte ao dizer: “Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mateus 5:29-30).
O olho simboliza o desejo pecaminoso, e a mão, a ação. A lição do Senhor é clara: devemos evitar as chamadas “ocasiões de pecado”, cortando pela raiz os pensamentos e desejos que nos conduzem ao erro. O pecado, quando não tratado, leva à morte — como nos lembra Romanos 6:23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.”
Aplicação:
Examine sua vida e identifique os “parasitas espirituais” que têm tentado se instalar em seu coração. Pode ser um pensamento recorrente, uma prática oculta, uma influência nociva ou um desejo que você tem alimentado. Não espere que cresça e se torne incontrolável. Corte pela raiz, confesse, arrependa-se e busque a santidade. A poda pode doer, mas é necessária para preservar a vida.
Oração:
Senhor Deus, ajuda-me a reconhecer os desejos que não vêm de Ti e que podem me conduzir ao pecado. Dá-me força para cortar pela raiz tudo o que ameaça minha comunhão Contigo. Purifica meu coração, renova minha mente e guia-me no caminho da santidade. Em nome de Jesus, amém.
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| Foto: Hércules |




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