Como Judas ou como Maria? | A Palavra

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Como Judas ou como Maria?

Porque é Deus quem em seu tempo revela as intenções dos corações e desnuda o caráter dos homens

verdades versus narrativas
Imagem: Pixabay
Pr. Cleber Montes Moreira

“Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.” (João 12:3)

O ato de Maria foi um sacrifício cúltico, um gesto de grande generosidade de quem ofereceu seu melhor para o Mestre. Entretanto, ela foi incompreendida e duramente criticada por Judas, que disse: “Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? (João 12:5) — em outras palavras, “Por que este desperdício quando há tanta gente passando fome?”

Cuidar dos pobres é realmente algo que devemos fazer, porém, aquela acusação não consistia numa preocupação honesta com os menos favorecidos, mas num ‘discurso politicamente correto’ de quem tinha segundas intenções.

Pessoas como Judas, cheias de pensamentos desonestos e motivadas por interesses próprios, não podem oferecer a Deus um culto sacrificial, mas, certamente, estão de prontidão para criticar maliciosamente aqueles que o fazem; e suas narrativas podem estar carregadas de ‘conceitos morais’ que as tornem ‘fundamentadas’ e bem acolhidas pelos ouvintes — uma narrativa desonesta, se bem formulada, pode tornar um ato digno e elogiável num pecado a ser combatido. Geralmente é assim que as massas são manipuladas. E os Judas de hoje podem estar no rádio, na TV, nas redes sociais, nos blogs, nos portais de notícias, nos púlpitos das igrejas e em outros meios e lugares plantando “informações” para destruir reputações, acusar pessoas de bem, e até mesmo criar uma imagem negativa sobre as igrejas. Há Judas especialistas em “checagem de fatos” — é assim que a “verdade oficial” se contrapõe à verdade real.

Judas Iscariotes, a despeito de sua ‘vestimenta de bondade’, era aquele que mais tarde trairia o Senhor. Sua objeção ao ato de Maria é explicada pelo próprio texto: “Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 12:6) — ele queria aquele valor na tesouraria, para dela subtrair.

Maria deu a Jesus o seu melhor, Judas considerou seu ato um desperdício. Maria prestou um culto verdadeiro, Judas cultuava a si mesmo. Maria hoje é lembrada por sua oferta, Judas por sua traição. No final a verdade sempre prevalecerá, porque é Deus quem em seu tempo revela as intenções dos corações e desnuda o caráter dos homens. Pense nisso!


Um comentário:

  1. Alguém tentando convencer-me a concordar com a proposta socialista da promoção da igualdade econômica na sociedade, usou o texto de Atos 2.45 como argumento alegando similaridade entre os princípios, claro trata-se de um erro brutal de interpretação. Agora pasme, pois partiu de alguém com formação teológica e superior.
    A erradicação total da pobreza, como pretendem os socialistas, é uma utopia. Embora o contexto indique de que a partida de Jesus estava eminente e os discípulos teriam outras oportunidades para ajudar aos pobres, eu tenho visto que o texto de João indica que a pobreza é problema que sempre assolará a humanidade.
    (os pobres SEMPRE tereis convosco)

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