A falta de motivação na vida cristã é terrível sob diversos aspectos, sendo particularmente preocupante por evidenciar um estado de indiferença em relação a Cristo
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“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” (Apocalipse 3:15,16)
Diferentemente das cidades vizinhas, onde Hierápolis desfrutava das propriedades medicinais das fontes termais e Colossos era abastecida por uma nascente de água fria das montanhas, Laodicéia obtinha seu suprimento de água por meio de tubulações que se estendiam até uma fonte distante. Isso resultava na chegada de água morna à cidade, com qualidade inadequada para consumo. Jesus utiliza essa situação de forma analógica para abordar a qualidade espiritual da igreja local: ela não era fria nem quente, mas morna. E é sabido que água morna provoca vômito.
Aquela igreja é descrita como desagradável e repugnante perante Cristo devido ao seu estado. No Comentário Bíblico Moody, lemos: “A pessoa morna não se perturba muito ao ouvir ensinamentos heréticos e não defende vigorosamente a verdade. Esse espírito de indiferença é a coisa mais trágica que pode acontecer a uma igreja.” Essa indiferença tornou aqueles crentes inoperantes e insensíveis, e pior ainda: eles estavam satisfeitos consigo mesmos e se consideravam ricos e sem necessidades. No entanto, aos olhos de Jesus, eles eram desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e desnudos (Apocalipse 3:17). Uma igreja com essa qualidade deixa de oferecer “frescor” e “cura” aos aflitos, cansados e enfermos do mundo — ela tornou-se impotente e irrelevante.
A jornada cristã envolve persistência, a busca pela santificação, trabalho árduo e constante, além de uma profunda experiência no relacionamento com o Senhor Jesus. A mornidão, por outro lado, revela um estado contrário à natureza e ao propósito da verdadeira igreja. A falta de motivação na vida cristã é terrível sob diversos aspectos, sendo particularmente preocupante por evidenciar um estado de indiferença em relação a Cristo.
Muitas igrejas locais perderam sua verdadeira motivação, transformando-se em reuniões de não convertidos atraídos por estratégias e programas bem elaborados. Essas igrejas exibem uma falsa espiritualidade que, na realidade, apenas revela um estado de apatia. Seu evangelho é, para Cristo, comparável às águas de Laodicéia; não tem poder curativo.
Como você está em relação a Cristo? E como está a sua igreja? A falta de motivação não precisa ser uma sentença permanente; em vez disso, ela pode ser um desafio a ser superado, uma oportunidade de arrependimento e despertar que transforma a realidade de cada crente, da igreja e do mundo ao redor, por meio da vivência de um evangelho genuíno, fervoroso e contagiante. Pense nisso!
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