Nossa língua como espelho da alma: o poder das palavras em nossas vidas | A Palavra

sábado, 4 de novembro de 2023

Nossa língua como espelho da alma: o poder das palavras em nossas vidas

Assassinos de Reputações ou Promotores do Bem? O Impacto das Palavras

Língua de serpente
Imagem gerada por IA
Pr. Cleber Montes Moreira

“Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.”
(Mateus 12:36,37)

“Assassinato de reputações” é uma expressão que se refere ao ato intencional de difamar ou denegrir a imagem de uma pessoa ou organização por meio da disseminação de informações falsas, calúnias ou acusações graves. Geralmente, essa difamação é perpetrada por formadores de opinião ou grupos de mídia, com o propósito de prejudicar a credibilidade e a honra da vítima. Podemos dizer que os fariseus e os escribas eram formadores de opinião. Eles, sentindo inveja porque o povo admirava Jesus e, devido aos seus milagres, começava a inferir que Ele era o Messias, temiam que sua crescente fama representasse uma ameaça à sua autoridade. Por isso, acusaram-no de expulsar demônios por Belzebu, com o objetivo de desacreditá-lo (Mateus 12:24). Mas o Senhor conhecia suas intenções.

Há certas afirmações que podem parecer provenientes da verdade, cheias de boas intenções, ditas de modo persuasivo por pessoas “confiáveis” e mesmo assim carregarem um mau propósito. Portanto, devemos ter atenção e não formarmos opinião precipitadamente sobre ninguém.

Tiago nos diz que uma mesma língua pode bendizer a Deus e amaldiçoar os homens, e de uma mesma boca proceder bênção e maldição. Porém devemos estar atentos, porque a fonte se conhece pela água que jorra, e a árvore pelo seu fruto (Tiago 3:9-12), tal como nos ensinou Jesus: “Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore” (Mateus 12:33). O Senhor sabe se o que falamos é fruto de inveja, sentimentos facciosos e se consiste em mentira (Tiago 3:14); Ele conhece a fonte de nossos pensamentos.

O coração é como um depósito, de onde o homem bom tira coisas boas, e o homem mau coisas más. Assim, nossas palavras revelam sentimentos, valores e intenções, e exteriorizam quem verdadeiramente somos (Mateus 12:35).

Os versículos 36 e 37 de Mateus 12 trazem uma séria advertência: nós daremos contas a Deus de toda palavra má, seja contra o próprio Deus ou contra o próximo, uma vez que nossas palavras revelam nossa natureza, se carnal ou espiritual, de modo que por elas seremos justificados ou condenados. Sim, nosso falar revela nossa condição em relação a Cristo; se falamos ou não como filhos de Deus.

Victor Hugo tem razão quando diz que “as palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade”. Todos nós somos “formadores de opinião”, alguns mais, outros menos, na família, na igreja, na sociedade. Nossas palavras têm o poder de alegrar ou entristecer, de curar ou fazer adoecer, de honrar ou envergonhar, de edificar ou escandalizar, de matar ou vivificar. Nossas palavras revelam nossas obras e por elas quem realmente somos. Que em vez de “assassinos de reputações”, sejamos promotores do bem. Pense nisso!


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