Com Cristo, ou contra Ele? | A Palavra

sábado, 16 de dezembro de 2023

Com Cristo, ou contra Ele?

A verdadeira identidade: atitudes que revelam quem somos

Lobo em pele de ovelha
Imagem gerada por IA
Pr. Cleber Montes Moreira

“Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.”
(Mateus 12:30)

No cenário tumultuado descrito no contexto do texto lido, os religiosos judeus ferviam de raiva ao testemunharem as maravilhas que Jesus operava no sábado. Para difamá-lo, acusaram-no de expulsar demônios pelo poder de Belzebu. Contudo, a resposta do Senhor não apenas desmascarou a hipocrisia dos fariseus, mas também revelou a verdadeira aliança por trás de suas ações: uma aliança com o próprio Satanás, pois eles se opunham à obra e àquele a quem Deus enviou.

Temos aqui uma séria advertência: quem não está ao lado de Jesus está, inegavelmente, contra Ele. Não há neutralidade na batalha entre a luz e as trevas. Como lembra um sábio amigo, “o muro tem dono” e pertence ao inimigo das nossas almas. Optar pela omissão equivale a escolher o mal, rejeitando assim a Cristo.

Ainda que sob o argumento do zelo religioso, ao acusarem intencional e mentirosamente a Jesus, atentando contra a sua honra, os fariseus faziam exatamente aquilo de que condenavam o Senhor: quebravam o mandamento que proibia testemunhar falsamente, seja em um tribunal (perjúrio) ou por qualquer outro meio com a finalidade de prejudicar a reputação de alguém (Êxodo 20:16; Levítico 19:11), bem como contrariavam os ensinos sobre o dever de amar o próximo. Assim, revelaram sua verdadeira identidade: eram filhos do diabo, e não de Deus. O próprio Senhor, em outro momento, afirmou: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44). Cabe aqui aquela conhecida expressão: “tal pai tal filho”.

Jamais devemos colocar nossas tradições acima do bem das pessoas (Mateus 15:6; Gálatas 1:13,14), nem sob o pretexto do zelo religioso devemos fazer qualquer coisa que prejudique alguém. Também não devemos trabalhar contra ninguém, seja líder ou irmão, que sirva a Deus com integridade. Nossas ações devem unir e não dividir. Devemos ter cuidado para, mesmo que inadvertidamente, ao pensar que estamos fazendo o bem, não nos colocarmos contra Deus. Lembremo-nos do significado de “Misericórdia quero, e não sacrifício” (Mateus 12:7; Oséias 6:6), e que “a religião pura e imaculada para com Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1:27) — ou seja, a verdadeira religião não consiste em práticas legalistas, mas sim na obediência a Deus e no exercício do amor cristão.

Aqueles que trabalham contra Cristo, prejudicando a sua obra, lançam tropeços que dificultam as pessoas de irem a Jesus para receberem dele a vida eterna. Os fariseus modernos fazem isso muito bem. Não aprendamos com eles!

Com Jesus, ou contra Ele? Nossas escolhas revelam nossa verdadeira identidade e posição em relação a Cristo. Pense nisso!

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