O Mandamento da Alegria | A Palavra

segunda-feira, 22 de abril de 2024

O Mandamento da Alegria

Além das Circunstâncias: Vivendo o Mandamento da Alegria em Todas as Estações

Do alto da montanha
Imagem gerada por IA
Pr. Cleber Montes Moreira

“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.” (Filipenses 4:4)


O “mandamento da alegria”, como eu o chamo, proclamado em Filipenses 4:4, ressoa através dos séculos como uma exortação a todos os salvos. Escrita por volta de 61 d.C., durante a prisão de Paulo em Roma, a Epístola aos Filipenses vibra como uma nota de júbilo apesar das adversidades. Conhecida como a “Carta da Alegria”, sua mensagem pode parecer surpreendente, considerando a conjuntura de sua origem. Em vez de ser, em um contexto normal, uma carta de tristeza, manchada com lágrimas, ela é uma expressão da alegria de Paulo, demonstrando o poder e a beleza da vida cristã genuína, cujo contentamento está em Cristo, em quem podemos ter alegria real, independentemente das circunstâncias.

A experiência de Paulo e Silas na cidade de Filipos, registrada em Atos 16, é significativa e instrutiva para os salvos. Lá, quando foram à margem de um rio, um local onde as pessoas costumavam orar, eles anunciaram o evangelho às mulheres presentes, incluindo Lídia, que se converteu e os hospedou em sua casa. Em outro momento, quando saíam para orar, encontraram uma jovem com um “espírito de adivinhação”, que expulsaram em nome de Jesus. Isso resultou em sua prisão, sob a acusação de perturbação da ordem e de ensinarem “costumes estranhos”. Na prisão, em vez de lamentarem, eles entoaram hinos a Deus e os outros presos os ouviam. Essa expressão de alegria no Senhor transcendeu as paredes da prisão, levando à conversão do carcereiro e de sua família. Assim, mesmo em tempos difíceis, Paulo e Silas mantiveram sua alegria em Cristo crendo que em tudo Deus tinha um propósito.

Agora, escrevendo aos filipenses, Paulo está novamente em prisão, em Roma, numa situação em que muitos estariam aflitos, tristes e talvez sem esperança. No entanto, ele exorta seus leitores a se alegrarem. Ele faz isso com a autoridade de quem não se deixou abater por nenhuma circunstância adversa, nem pela injustiça dos homens ou qualquer outro motivo — nada nem ninguém pôde roubar a sua alegria! Para ele, a alegria era um tesouro inviolável, porque seus pensamentos e coração estavam guardados em Cristo.

Ao escrever aos Coríntios, em sua Segunda Carta, no capítulo 6, o apóstolo usa palavras que retratam experiências adversas, tais como: aflições, necessidades, angústias, açoites, prisões, tumultos, etc. (vv.4,5). No verso 10, ele nos mostra sua disposição em todas essas situações: “Como contristados, mas sempre alegres”. Sua alegria não era efêmera, dependente de eventos temporais, mas enraizada na fé no Salvador. Olhando para Cristo, para além das circunstâncias, ele prosseguia sem impedimento algum.

Estamos cumprindo o mandamento da alegria em nossas vidas, independente das circunstâncias, ou ficamos paralisados diante das adversidades? Nossa felicidade está ancorada em fatores externos, como paz temporal, sucesso material e conquistas terrenas? Ela é instável, passageira, ou vem da mesma fonte da qual Paulo se nutria? Pense nisso!


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