Aprendendo com Manoá e sua Esposa: Buscando Sabedoria para Criação dos Filhos
Imagem gerada por AI |
Pr. Cleber Montes Moreira
“Então Manoá orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer.” (Juízes 13:8)
A nação estava vivendo um período de desobediência e apostasia da fé, razão pela qual o Senhor a entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos. Apesar dos filhos de Israel fazerem o que era mau aos olhos do Senhor (v. 1), Deus prometeu levantar um libertador (v. 5). Ele seria Sansão, filho de Manoá, cuja esposa era estéril. A notícia foi dada à mulher por um anjo, que também lhe fez recomendações (vv. 2-4).
Quando a mulher relatou ao marido a visita do anjo e a promessa recebida, Manoá ficou inquieto com uma preocupação legítima: como instruir o menino que nasceria? Foi então que ele orou, e Deus enviou novamente o anjo para dar-lhe as devidas instruções (vv. 8-14).
Há uma história de um pai que, ao segurar seu filho recém-nascido pela primeira vez, sentindo-se profundamente grato pelo privilégio de ser pai, mas, ao mesmo tempo, apavorado com a grande responsabilidade, fez a seguinte oração: “Senhor, como devo criar esta criança?”
No mundo, encontramos várias “fórmulas” sobre como criar nossos filhos. Os avós dizem: “No meu tempo era assim...”. Nas livrarias, há uma abundância de títulos sobre como criar filhos felizes e obedientes e sobre como prepará-los para a vida. Dicas de influenciadores midiáticos e especialistas sobre família também são abundantes. No entanto, a Bíblia continua sendo nosso manual de fé e prática, onde encontramos orientações seguras sobre o tema.
Manoá e sua esposa nos ensinam alguns princípios importantes. Vejamos:
(1) Consideremos os filhos como dádivas valiosas. O salmista nos ensina que “os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre é o seu galardão” (Salmos 127:3). Neste caso em especial, quando humanamente falando a gravidez era impossível, Manoá e sua esposa receberam a preciosa dádiva do Senhor. Em qualquer contexto, o nascimento de um filho é sempre um milagre.
(2) Tenhamos em mente a importância da oração — “Então Manoá orou ao Senhor…”. Devemos pedir a Deus que nos dê sabedoria para criar bem nossos filhos. Ao mesmo tempo, devemos orar por eles, para que cresçam sob a proteção e no temor do Senhor e para que O conheçam por meio de um relacionamento pessoal.
(3) Além de orar, precisamos buscar orientação na Palavra de Deus. Manoá fez isso ao ouvir do anjo as orientações para criar seu filho (vv. 8,11,12). Hoje, não devemos esperar que um anjo apareça em nossa sala para nos instruir claramente, porque temos as Sagradas Escrituras para ler e meditar sobre seus ensinamentos. Ela é o “Manual do Criador” e contém tudo o que precisamos para viver bem.
(4) Devemos ensinar sobre Deus aos nossos filhos e informá-los sobre a razão de sua existência. Manoá e sua mulher entenderam isso e criaram seu filho considerando o propósito divino para sua vida (vv. 5, 24). Certamente lhe contaram sobre a experiência com o anjo e fizeram questão de que ele se lembrasse de que tinha uma missão no mundo. Quando pais trazem um bebê para ser “apresentado na igreja”, sempre enfatizo que eles devem assumir o compromisso de apresentar Deus à criança.
(5) Sejamos gratos pelos nossos filhos. Manoá e sua esposa não esperaram o nascimento de Sansão para expressar sua gratidão. Eles ofereceram um culto ao Senhor enquanto eram observados pelo anjo. Que não cessemos de agradecer a Deus, quando possível por meio de cultos públicos (Salmos 116:12,14,17-19).
A experiência de Manoá e sua esposa os levou ao temor sincero. E foi sob esse temor que eles criaram seu filho. É essencial guiar nossos filhos na fé, ensiná-los sobre Deus e Seus caminhos e incentivá-los a viver uma vida que O glorifique — essa é a razão de toda a existência, glorificar a Deus. Pense nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário