Sonhos, trabalho e eternidade: A Importância de Planejar o Futuro com Sabedoria
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“Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.” (Tiago 4:15. Leia os versos de 13 a 17)
O início de um novo ano é tradicionalmente marcado por intenções e propósitos que guiarão nossas ações em busca de conquistas. No entanto, é comum notar que, após o entusiasmo inicial, muitos se desanimem e não consigam cumprir as metas estabelecidas. Há pessoas que não ousam sonhar, que não criam expectativas para o futuro, especialmente em regiões mais pobres. Isso é desolador!
Em Tiago 4:13, lemos sobre certas pessoas que têm a intenção de ir a uma determinada cidade, trabalhar por um ano, contratar e prosperar. Não há nada de errado em estabelecer tais metas; pelo contrário, o trabalho digno, a expectativa de crescimento, a busca pelo sustento e uma qualidade de vida melhor impulsionam a economia e beneficiam a todos. Estudar, buscar novos conhecimentos, alimentar o sonho de sucesso profissional, empreender, desejar constituir uma família, planejar a aposentadoria… são metas salutares e necessárias. Neste contexto, não há pecado em almejar conquistas pessoais, adquirir bens necessários e construir uma base sólida para o futuro. Já deixar de sonhar é determinar o próprio fracasso.
Diferentemente da música, adotada por muitos como seu lema, cuja letra diz “deixa a vida me levar”, não somos peixes mortos à mercê da correnteza. Temos a responsabilidade de agir, de ter vontade, de acumular riquezas dignamente sem colocar nelas o coração, de ser construtores ativos do nosso futuro, de oferecer algo melhor para nossas famílias e cooperar para o progresso de nossa sociedade.
No texto, embora a diligência daqueles que planejam ir a uma determinada cidade, passar um ano lá, gerar emprego e prosperar (Tiago 4:13) não seja pecaminosa, mas até elogiável, há um pecado não na ação planejada, mas no sentimento daqueles que fazem tal propósito: eles não consideram realizar essas coisas sob a bênção de Deus, mas agem com presunção, jactância, confiando em si mesmos. Em vez de se gloriarem em suas presunções, aqueles homens deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo” (Tiago 4:15).
Qual foi o problema do homem na parábola contada por Jesus, conforme Lucas 12:16-21? Seu erro não estava no trabalho, no desfrutar das riquezas conquistadas honestamente, no planejar um futuro estável, mas em não fazer essas coisas na dependência e sob a bênção de Deus; em acumular tesouros apenas na terra, desprezando os eternos. Não podemos permitir que o trabalho e os sonhos desta vida nos desviem do que é mais importante. Jesus nos exorta: “Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões minam e roubam; mas acumulai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração […]. Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:19-21;33).
Conta-se que, há muitos anos, um ateu, apresentador de um programa de rádio, ao concluir suas transmissões diárias, despedia-se dos ouvintes com as seguintes palavras: “Até amanhã, querendo Deus ou não”. Surpreendentemente, ele retornou ao microfone ao longo de muitas manhãs e por vários anos. Contudo, um dia sua voz silenciou, não por sua vontade, mas porque Deus não mais permitiu. Certamente, ao encontrar-se na eternidade, tardia e irremediavelmente perdido, aquele homem compreendeu que é o Eterno quem conta os nossos dias, e que todos teremos que prestar contas a Ele.
Tiago exorta contra a presunção e adverte quanto ao tempo: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” (Tiago 4:14). Ao rico arrogante, que só pensava em acumular riquezas, a voz do céu disse: “Louco! Esta noite pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12:20). Já pensou em quantos conhecidos iniciaram o ano de 2023 e não estão mais entre nós? Idosos, jovens, adolescentes, crianças… Quantos sonhos interrompidos, projetos não realizados, obras inacabadas? Quantos ficarão pelo caminho no próximo ano?
Que, apesar do atual contexto adverso, ousemos sonhar, trabalhar, prosperar… Mas, que façamos tudo na dependência de Deus, sabendo que a vida terrena é passageira e que há uma eternidade diante de nós para a qual devemos atentar. Pense nisso!
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