Do domínio maligno à liberdade em Cristo
Imagem gerada por AI |
Pr. Cleber Montes Moreira
“Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse daquele homem; pois já havia muito tempo que o arrebatava. E guardavam-no preso, com grilhões e cadeias; mas, quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos.” (Lucas 8:29)
Embora o texto mencione os grilhões usados na tentativa de conter aquele homem em sua fúria demoníaca, a prisão explícita aqui é outra; é de natureza espiritual. Ao ser possuído por espíritos malignos, não apenas seu corpo era dominado, mas sobretudo, seu espírito.
Se a prisão física traz sofrimentos e a escravidão causa males irreversíveis, o maior cativeiro é o domínio maligno sobre a vida de alguém. Os grilhões espirituais têm consequências devastadoras, e o pior tipo de possessão não é a do corpo, como no caso do homem gadareno, mas aquela que aprisiona a mente e o espírito. Quando o diabo aprisiona alguém, dominando seu espírito e, consequentemente, sua mente, vontade e desejos, leva a pessoa a comportamentos e escolhas motivadas por paixões carnais desenfreadas. Se você já viu alguém possesso corporalmente, deve ter se assustado. Entretanto, há muitos que estão sob o controle do diabo sem qualquer manifestação explícita dessa condição. Satanás opera por meio de homens possuídos, que estão sob seu controle e a seu serviço, nas mais diversas áreas da vida humana: na política, nas escolas, nas instituições e empresas, e em toda a sociedade. Ele trabalha contra a família, contra a igreja e contra indivíduos, com o intuito de corromper toda obra divina. Esta é uma guerra de natureza espiritual.
Quem está escravizado pelo diabo vive no pecado. A Bíblia diz que gente assim anda “segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2). Por isso, Jesus veio ao mundo para trazer libertação espiritual. João nos esclarece: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1 João 3:8), para libertar o pecador e fazê-lo “servo da justiça” (Romanos 6:18), para converter a mente natural à mente de Cristo (1 Coríntios 2:16).
Jesus é nossa liberdade! “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). A liberdade que Ele oferece é plena. Assim como livrou aquele jovem gadareno de uma legião de demônios, rompendo grilhões espirituais, Ele pode libertar qualquer pessoa de toda e qualquer prisão. E quem recebe o Salvador nunca mais estará sujeito ao diabo, pois “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Coríntios 3:17). Pense nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário