A Palavra

sexta-feira, 26 de abril de 2024

A fé dos homens versus o plano exclusivo de Deus para salvação

A verdade sobre como ser salvo: Desconstruindo convicções equivocadas

Bíblia
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Pr. Cleber Montes Moreira

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14:6 — BKJF)

Quando o assunto é “como ir para o céu”, muita gente está cheia de “certezas” que aprendeu neste mundo: porque nasceu em um lar cristão, porque segue determinada religião, porque ouviu dizer etc. Muitas estão convictas de que, crendo de um determinado jeito, seguindo uma corrente teológica ou fazendo certas coisas, estão assegurando sua salvação. Alguns simplesmente creem que Deus os escolheu e que eles não podem dizer “não”, porque assim foi ordenado desde a eternidade. Outros não tiveram a mesma sorte.

Os discípulos andavam com Jesus. Eles foram ensinados pelo Mestre dos mestres. O Senhor agora falava de sua morte e os consolava afirmando que há lugar para os que creem na “Casa de meu Pai” (vv.1,2).

Jesus disse: “E para onde eu vou vós sabeis, e o caminho vós conheceis.” Mas Tomé contestou: “Senhor, nós não sabemos para onde vais, e como nós podemos conhecer o caminho?” (vv.4,5). Aquilo que o Senhor disse com clareza, Tomé não compreendeu. O evangelho é bastante claro sobre como ser salvo, porém muitas mentes ainda estão obscurecidas pelo pecado (Ef 2:8,9; 4:18).

Há quem acredite na velha mentira de que “todos os caminhos levam a Deus”. Isso é tão ilógico quanto alguém afirmar que todos os caminhos levam a uma certa cidade. Jesus foi claro ao declarar: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (v.6). Significa dizer que Ele é exclusivo; que não há outro caminho, nem outra verdade, nem outra fonte de vida eterna além dele; que ninguém pode partir para a eternidade com Deus se não entregar a vida a Ele.

Existem muitas convicções religiosas sobre a salvação e a eternidade. Os homens “pensam” e “acham” muitas coisas sobre como chegar ao céu. Se todas essas formulações estivessem corretas, não precisaríamos da Bíblia para nos orientar, nem da obra do Espírito Santo, porque cada um teria o seu próprio caminho e a sua própria verdade. Entretanto, o sábio escreveu: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Pv 16:25). E Paulo afirmou: “Em seus caminhos há destruição e miséria” (Rm 3:16).

Ninguém pode ir para o céu seguindo seu próprio caminho. Não importa em que você acredita, qual seja a sua religião, nem o que você faz. Só há um caminho, uma verdade e uma fonte de vida eterna: JESUS CRISTO! Paulo escreveu: “E em nenhum outro há salvação, porque não há nenhum outro nome dado aos homens debaixo do céu, pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12). Qualquer outra crença, ao ser confrontada com as Escrituras, é logo desconstruída pela luz do conhecimento de que Jesus é o caminho, a verdade e a vida.

Como você pensa em estar com Deus na eternidade? Seja qual for a sua crença, se ela não estiver centrada em Jesus, ela o levará ao inferno, e não ao céu. Por isso, você deve considerar deixar de crer em tudo o que vem crendo até agora, abandonar suas próprias convicções, ensinamentos religiosos herdados que estão em desarmonia com a Bíblia, e a confiança em seus próprios esforços, para colocar sua fé exclusivamente em Jesus, e entregar sua vida a Ele como seu Senhor e Salvador. Pense nisso!


quarta-feira, 24 de abril de 2024

Regozijai-vos Sempre: O Segredo da Alegria Inabalável

A Alegria que Transcende as Adversidades: Uma Perspectiva Cristocêntrica para a Vida

Paz
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Pr. Cleber Montes Moreira

“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.”
(Filipenses 4:4)

Ao contrário do pensamento lógico contemporâneo, a alegria que Paulo experimentou em suas tribulações, e que ele recomenda aos seus leitores, não é algo antinatural. Na verdade, é uma experiência que deveria ser comum na vida de todos os salvos. O problema é que estamos acostumados a refletir segundo a lógica secular e não com a mente de Cristo; a vermos as coisas não com os olhos da fé, mas com a perspectiva daqueles cujo entendimento está cego (2Co 4:4).

Embora possamos experimentar tristezas pontuais, não é natural que o salvo perca sua alegria por situações passageiras. Isso muitas vezes ocorre quando nos concentramos no que é visível, no que é efêmero, nas aflições do tempo presente, sem confiar que “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” (Salmos 34:19); não considerando a palavra que diz: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8:18).

A ausência de alegria pode ser resultado de uma vida cristã superficial, sem conhecimento, sem oração, sem obediência a Deus, sem envolvimento com a obra do evangelho, sem o poder do Espírito e por entristecê-lo (Ef 4:30). Muitos não confiam suas vidas realmente ao Senhor; não se colocam sob os Seus cuidados, não descansam nele, e acabam sobrecarregados; sem forças nem ânimo, emocional e espiritualmente exaustos (Fl 4:6,7).

O salmista nos diz: “E a minha alma se alegrará no Senhor; alegrar-se-á na sua salvação” (Sl 35:9). Paulo escreveu: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fl 1:21). Onde reside a alegria do apóstolo? Ele se alegra porque sua vida é de Cristo e para Cristo: se ele vive, é para Cristo, se parte deste mundo é para estar com Cristo. Cristo é a razão de sua alegria e de todo o seu trabalho. É por isso que pôde dizer “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fl 4:13).

A alegria do cristão não vem do mundo, das coisas passageiras, dos bens que acumulamos, das conquistas temporais, dos prazeres, dos tempos de calmaria, de uma vida terrena bem-sucedida, mas do contentamento em Deus. Ela vem da paz com Deus, pela reconciliação em Cristo (Rm 5:10; Cl 1:21; 2Co 5:18,19); da paz que excede todo entendimento (Fl 4:7).

Ao escrever aos Romanos, Paulo afirma: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17). Com isso, compreendemos que o que nos satisfaz não são as coisas materiais, nossas conquistas neste mundo, ou o desfrute de uma vida estável e tranquila, embora essas e outras coisas possam nos proporcionar prazer e alegria temporários. Destaco, portanto, que a “justiça, paz e alegria no Espírito Santo” são os bens mais elevados e que verdadeiramente nos conduzem a um viver cheio da alegria que o mundo não pode tirar.

Como alguém cuja mente e coração estavam voltados para a eternidade, a razão da vida de Paulo era engrandecer a Cristo, e nisso ele encontrava alegria: “Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fl 1:20). Observemos que nossa mente, nosso coração, nosso trabalho, nosso foco e tudo que orienta nossas vidas muda quando nosso contentamento está na pessoa de Cristo como nosso Senhor. Assim, independentemente das circunstâncias, nossa alegria reside na comunhão com Deus, de tal modo que nada nem ninguém poderá roubá-la, nem qualquer circunstância poderá secar a sua fonte.

Em Neemias 8:10, lemos: “portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.” Essa era também a força de Paulo, é a nossa força, é a força de todo o cristão, é fruto do Espírito Santo (Gl 5:22).

“Alegrai-vos sempre no Senhor!” (Fl 4:4). Tenhamos isso em mente e busquemos isso como experiência constante!

segunda-feira, 22 de abril de 2024

O Mandamento da Alegria

Além das Circunstâncias: Vivendo o Mandamento da Alegria em Todas as Estações

Do alto da montanha
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Pr. Cleber Montes Moreira

“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.” (Filipenses 4:4)


O “mandamento da alegria”, como eu o chamo, proclamado em Filipenses 4:4, ressoa através dos séculos como uma exortação a todos os salvos. Escrita por volta de 61 d.C., durante a prisão de Paulo em Roma, a Epístola aos Filipenses vibra como uma nota de júbilo apesar das adversidades. Conhecida como a “Carta da Alegria”, sua mensagem pode parecer surpreendente, considerando a conjuntura de sua origem. Em vez de ser, em um contexto normal, uma carta de tristeza, manchada com lágrimas, ela é uma expressão da alegria de Paulo, demonstrando o poder e a beleza da vida cristã genuína, cujo contentamento está em Cristo, em quem podemos ter alegria real, independentemente das circunstâncias.

A experiência de Paulo e Silas na cidade de Filipos, registrada em Atos 16, é significativa e instrutiva para os salvos. Lá, quando foram à margem de um rio, um local onde as pessoas costumavam orar, eles anunciaram o evangelho às mulheres presentes, incluindo Lídia, que se converteu e os hospedou em sua casa. Em outro momento, quando saíam para orar, encontraram uma jovem com um “espírito de adivinhação”, que expulsaram em nome de Jesus. Isso resultou em sua prisão, sob a acusação de perturbação da ordem e de ensinarem “costumes estranhos”. Na prisão, em vez de lamentarem, eles entoaram hinos a Deus e os outros presos os ouviam. Essa expressão de alegria no Senhor transcendeu as paredes da prisão, levando à conversão do carcereiro e de sua família. Assim, mesmo em tempos difíceis, Paulo e Silas mantiveram sua alegria em Cristo crendo que em tudo Deus tinha um propósito.

Agora, escrevendo aos filipenses, Paulo está novamente em prisão, em Roma, numa situação em que muitos estariam aflitos, tristes e talvez sem esperança. No entanto, ele exorta seus leitores a se alegrarem. Ele faz isso com a autoridade de quem não se deixou abater por nenhuma circunstância adversa, nem pela injustiça dos homens ou qualquer outro motivo — nada nem ninguém pôde roubar a sua alegria! Para ele, a alegria era um tesouro inviolável, porque seus pensamentos e coração estavam guardados em Cristo.

Ao escrever aos Coríntios, em sua Segunda Carta, no capítulo 6, o apóstolo usa palavras que retratam experiências adversas, tais como: aflições, necessidades, angústias, açoites, prisões, tumultos, etc. (vv.4,5). No verso 10, ele nos mostra sua disposição em todas essas situações: “Como contristados, mas sempre alegres”. Sua alegria não era efêmera, dependente de eventos temporais, mas enraizada na fé no Salvador. Olhando para Cristo, para além das circunstâncias, ele prosseguia sem impedimento algum.

Estamos cumprindo o mandamento da alegria em nossas vidas, independente das circunstâncias, ou ficamos paralisados diante das adversidades? Nossa felicidade está ancorada em fatores externos, como paz temporal, sucesso material e conquistas terrenas? Ela é instável, passageira, ou vem da mesma fonte da qual Paulo se nutria? Pense nisso!


sexta-feira, 29 de março de 2024

Cristo, a Nossa Páscoa

Da Antiga à Nova Aliança: Celebrando Cristo, a Nossa Páscoa

Páscoa
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Pr. Cleber Montes Moreira

“…Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.”
(1 Coríntios 5:7)

Os judeus celebram a Páscoa, segundo suas tradições. Em várias partes do mundo, outra “Páscoa” é celebrada com coelhos, ovos de chocolate, presentes e outras coisas que fomentam o comércio. Mas, que “Páscoa” é essa que não encontramos na Bíblia? E os cristãos, o que celebram?

1. Páscoa, o início: O Êxodo do Egito (Êxodo 12-14)

A história da Páscoa inicia com a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. Deus instruiu Moisés a ordenar que cada família israelita sacrificasse um cordeiro sem defeito e marcasse suas portas com o sangue do animal. O anjo da morte passaria pelas casas, mas ao ver o sangue, “passaria por cima” (Êxodo 12:27). Essa noite ficou conhecida como a “Páscoa” (em hebraico, “Pessach”), que significa “passagem”. A Páscoa se tornou um memorial anual da libertação do povo e da poderosa intervenção de Deus.

2. A Celebração anual da Páscoa pelos judeus (Êxodo 13:3-10; Deuteronômio 16:1-8; Números 9:1-14)

A Páscoa era uma das festas mais importantes do calendário judaico. A celebração durava sete dias e incluía:

(1) Sacrifício do cordeiro pascal:

O cordeiro era imolado no Templo em Jerusalém e seu sangue aspergido no altar.

(2) Ceia pascal:

Uma refeição especial era realizada em família, comendo cordeiro assado, pães ázimos e ervas amargas. Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos (Mateus 26:17-30).

(3) Narrativa da história do Êxodo:

A história da libertação do Egito era contada e relembrada pelas novas gerações.

(4) Festa e alegria:

A Páscoa era um tempo de grande alegria e celebração da liberdade e da proteção de Deus.

3. A Páscoa judaica apontava para Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1:29, 1 Coríntios 5:7)

O cordeiro pascal sacrificado na Páscoa apontava para Jesus Cristo, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Jesus, como o cordeiro perfeito, foi “sacrificado” na cruz, uma vez e para sempre, morrendo em nosso lugar pelos nossos pecados.

A Páscoa judaica, como sombra de um evento futuro (Hebreus 10:1), ficou para trás, pois esse evento se cumpriu na pessoa de Jesus Cristo. Observemos que ao comer a Páscoa com os discípulos (Mateus 26:17-30), Jesus tira o foco da Páscoa judaica e o coloca sobre si e sua obra na cruz, e apresenta aos discípulos novos elementos que simbolizavam o seu sacrifício: O pão que representa o seu corpo, e o conteúdo do cálice representando seu sangue vertido na cruz (vv. 26-28). Como igreja não temos uma ordem para celebrarmos a Páscoa, mas sim para celebrarmos a Ceia do Senhor (Lucas 22:19,20; 1 Coríntios 11:24-26).

Ao contrário dos judeus que celebravam a Páscoa anualmente, sacrificando um cordeiro e cumprindo todos os rituais daquela celebração (Hebreus 10:3), os cristãos não devem fazê-lo, uma vez que “Cristo, nossa Páscoa” (1 Coríntios 5:7), o cordeiro perfeito providenciado por Deus, satisfez plenamente a justiça divina, não sendo possível que ele seja novamente dado em sacrifício, pois este foi único e eficaz (Hebreus 10:12). Agora nem cordeiro pascal sacrificado anualmente, nem mais holocaustos pelos pecados, porque enquanto aqueles sacrifícios eram insuficientes, Cristo se ofereceu uma única vez para tirar nossos pecados (Hebreus 9:28).

4. O que celebramos, afinal?

a) Não Celebramos a Páscoa Judaica:

Como cristãos, não celebramos a Páscoa judaica com seus rituais e costumes, pois reconhecemos que ela apontava para Cristo, e Ele já veio e foi sacrificado por nós, não havendo mais necessidade de outros sacrifícios;

b) Não Celebramos tradições sem Fundamento bíblico:

Também não celebramos a Páscoa da tradição com coelhos, ovos de chocolate etc. Porque, dentre outros motivos, ela corrompe o entendimento das pessoas, especialmente de nossas crianças, afastando-as da verdade bíblica por negar o evento do Êxodo, da celebração anual judaica e da cruz.

c) Celebramos Cristo, Nossa Páscoa (1 Coríntios 5:7):

Nossa Páscoa é Cristo! Celebramos a sua morte sacrificial na cruz e sua ressurreição pela qual Ele nos dá a vida eterna. E isso fazemos quando observamos a ordenança da Ceia do Senhor. Ao celebrá-la, recordamos que o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foi entregue para morrer na cruz em nosso lugar, e anunciamos sua morte até que venha (1 Coríntios 11:26).

A páscoa era um evento histórico e símbolo do pacto entre Deus e Israel. A Ceia é o “novo testamento” (pacto, aliança), entre o Senhor e sua Igreja (Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25). Agora não mais cordeiros, mas o Cordeiro; não mais a páscoa, mas a Ceia do Senhor. Não vivemos mais nas “sombras” das coisas que viriam (Hebreus 10:1), mas na luz que já veio: Cristo! (João 1:4,9; 8:12; 12:46).

Para refletir

A Páscoa dos judeus tem importância histórica e religiosa para aquele povo, e também para nós como um evento que aponta para Cristo. A Páscoa da tradição tem importância para o comércio, pois fomenta as vendas e aumenta os lucros, mas é antibíblica e anticristã, não devendo ser celebrada por nós. Portanto, como discípulos de Jesus e orientados por Sua Palavra, celebramos a Ceia do Senhor, anunciando sua morte e ressurreição até que Ele venha.

Livros teológicos?

livros teológicos